sexta-feira, 22 de maio de 2009

IDA - A COISA MAIS PRÓXIMA DE UM ANCESTRAL


NOVA YORK - Cientistas revelaram nesta terça-feira, em Nova York, o fóssil de uma criatura de 47 milhões de anos que pode ser um elo perdido na evolução dos primatas superiores - macacos, gorilas e os seres humanos. O Darwinius masillae, que vivia no alto da floresta onde hoje é a Alemanha, pesava menos de um quilo quando adulto, mas já apresentava características como os dedos com unhas (e não garras), tal como os primatas mais "avançados". A publicação está na revista científica de acesso livre "PLoS One".
A pesquisa sobre sua importância foi liderada pelo cientista Jorn Hurum, do Museu de História Natural de Oslo, Noruega. Hurum diz que Ida representa "a coisa mais próxima que temos de um ancestral" e descreveu a descoberta como "um sonho que se tornou realidade". De acordo com ele, a pequena criatura - uma fêmea com menos de um metro de altura - revela detalhes sobre o capítulo da evolução no qual a família dos primatas foi dividida em dois ramos, sendo que um levou ao surgimento dos humanos e outros primatas superiores, como macacos, e o outro levou ao surgimento de "primos" menores e mais distantes, como os lêmures.
" Darwin estaria muito feliz se estivesse vivo hoje "
Os cientistas que já examinaram o fóssil concluíram que este se trata de uma espécie nova. Um dos pesquisadores que analisou Ida, Jenz Franzen, o fóssil tem traços que guardam "grande semelhança conosco", como unhas em vez de garras e o polegar em uma posição que permite agarrar coisas com a mão, como o homem e outros primatas. Ainda assim, segundo ele, o fóssil não parece ser um ancestral direto do homem, mas sim estaria "mais para uma tia do que uma avó".
- Quando Darwin publicou A Origem das Espécies, em 1859, ele falou muito sobre espécies transitórias e disse que, se elas nunca fossem encontradas, toda sua teoria estaria errada - disse o Jorn Hurum, que liderou a pesquisa no Museu Nacional de História da Noruega. - Por isso Darwin estaria muito feliz se estivesse vivo hoje - completou.
FONTE: UOL CIÊNCIA

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