sexta-feira, 29 de maio de 2009

TUBARÕES ELEFANTES


Criaturas migram para as regiões tropicais, fugindo do frio.
Achado surpreendente foi obtido com ajuda de satélites.
Os tubarões-elefante, aquelas lentas criaturas que só perdem em tamanho para os tubarões-baleia, passam seus verões e outonos em águas superficiais se alimentando de plânctons. Entretanto, seu paradeiro no inverno já foi um mistério.

Por muito tempo, cientistas acharam que os tubarões hibernavam em águas profundas para conservar energia numa época quando há pouco plâncton disponível. Porém, essa ideia foi refutada por estudos de classificação por satélite de tubarões ao leste do Atlântico Norte. Eles mostraram a movimentação sazonal dos animais dentro das águas temperadas da região para continuar se alimentando.

Agora, um novo estudo de classificação na parte oeste do Atlântico Norte, onde as mudanças de estação no oceano são mais notáveis, mostrou que eles migram para muito mais longe – para águas tropicais e até mesmo através do equador. Os tubarões viajam em profundidades de até 100 metros, algumas vezes permanecendo no fundo por semanas ou meses.
Gregory B. Skomal, do Massachusetts Division of Marine Fisheries, e colegas prenderam identificadores por satélite em 25 tubarões de Cape Cod. Eles receberam dados sobre profundidade, temperatura da água e níveis de luz de 18 deles. Suas descobertas estão publicadas na Current Biology.

Alguns tubarões migraram para as Bahamas e Caribe, enquanto outros cruzaram o equador. Um chegou até o Atlântico Sul, no ponto mais ao leste do Brasil. A distância máxima viajada foi estimada em 8.851 quilômetros.

As descobertas mostram que as águas tropicais não são uma barreira para a mistura de sub-populações dos tubarões. Assim, os esforços para conservar a espécie deveriam ser coordenados globalmente, dizem os pesquisadores.
FONTE: UOL CIÊNCIA

MATA ATLÂNTICA -



Onde podemos encontrar a Mata Atlântica e como preservá-la?
Restam apenas 7% da mata que havia na época do descobrimento
Para falar da Mata Atlântica, primeiro é preciso entender o que ela é. Segundo explica Carolina Mathias, engenheira florestal da Fundação SOS Mata Atlântica, "podemos defini-la como um bioma com vários ecossistemas, que tem desde mangue até floresta tropical". Ou seja, a Mata Atlântica não é apenas aquela floresta atlântica que se vê perto do litoral, mas um bioma ou uma junção de ecossistemas com características comuns e com processos ecológicos que se interligam. Nesse caso, essas características seriam, além da ocorrência geográfica, a proximidade com o litoral e as formações florestais em um contínuo, que se estende até o serrado, a caatinga ou os campos. "Outro ponto importante é que a Mata Atlântica tem árvores grandes e de dossel contínuo, ou seja, com copas que se tocam", diz Carolina Mathias. Esse bioma ainda tem mais de 22 mil espécies, quase nove mil delas endêmicas (que só existem nesse bioma), superando a biodiversidade da Amazônia. Infelizmente, 383 desses animais e plantas estão ameaçados de extinção. A extensão territorial da Mata Atlântica também impressiona – vai desde o Rio Grande do Sul até o Piauí, cobrindo 17 estados. Originalmente, ela compunha 15% do território brasileiro, mas hoje só restam 7% desse bioma.
Hoje, a Mata Atlântica ainda pode ser encontrada em quase todo o país (menos no Mato Grosso, Maranhão e Região Norte), mas em pequena quantidade. A maior concentração está no Vale do Ribeira, em São Paulo. Ao todo, existem 860 unidades de conservação da Mata Atlântica no Brasil, que vão de pequenos sítios até parques estaduais. Muitos desses parques são abertos à visitação e podem ser uma boa forma de conscientizar os alunos da importância de preservar o meio-ambiente. Beatriz Siqueira, coordenador do projeto Mata Atlântica vai à Escola da Fundação SOS Mata Atlântica, conta que existem vários projetos em andamento para tentar salvar o que ainda resta do bioma. "O que está sendo feito hoje são ações de restauração e replantio de árvores que compõem a flora original da mata. Também estão sendo criadas muitas áreas de conservação, principalmente em propriedades particulares", diz. A ecóloga ainda explica que cada um de nós pode ajudar a manter a floresta em pé com ações do dia-a-dia, como economizar água, energia elétrica e diminuir a poluição. "Se cada um de nós gastar menos energia, por exemplo, vamos precisar de menos hidrelétricas, o que ajuda a manter a mata. Pois para construir uma usina é preciso desmatar e inundar uma grande área de floresta", diz Beatriz. Preservar a Mata Atlântica ainda pode ajudar a diminuir o aquecimento global. Isso porque, além da floresta ser responsável por absorver carbono, é muito comum no Brasil fazer queimadas para transformar a mata em área de agropecuária. E esse tipo de ação é o principal responsável pelas emissões de carbono no nosso país. Por outro lado, o aumento da temperatura da Terra pode afetar a Mata Atlântica, já que muda as características dos ecossistemas. "A maior preocupação é com a fauna. O aquecimento pode matar várias espécies", alerta Beatriz.
FONTE:REVISTA NOVA ESCOLA – EDITORA ABRIL.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

IDA - A COISA MAIS PRÓXIMA DE UM ANCESTRAL


NOVA YORK - Cientistas revelaram nesta terça-feira, em Nova York, o fóssil de uma criatura de 47 milhões de anos que pode ser um elo perdido na evolução dos primatas superiores - macacos, gorilas e os seres humanos. O Darwinius masillae, que vivia no alto da floresta onde hoje é a Alemanha, pesava menos de um quilo quando adulto, mas já apresentava características como os dedos com unhas (e não garras), tal como os primatas mais "avançados". A publicação está na revista científica de acesso livre "PLoS One".
A pesquisa sobre sua importância foi liderada pelo cientista Jorn Hurum, do Museu de História Natural de Oslo, Noruega. Hurum diz que Ida representa "a coisa mais próxima que temos de um ancestral" e descreveu a descoberta como "um sonho que se tornou realidade". De acordo com ele, a pequena criatura - uma fêmea com menos de um metro de altura - revela detalhes sobre o capítulo da evolução no qual a família dos primatas foi dividida em dois ramos, sendo que um levou ao surgimento dos humanos e outros primatas superiores, como macacos, e o outro levou ao surgimento de "primos" menores e mais distantes, como os lêmures.
" Darwin estaria muito feliz se estivesse vivo hoje "
Os cientistas que já examinaram o fóssil concluíram que este se trata de uma espécie nova. Um dos pesquisadores que analisou Ida, Jenz Franzen, o fóssil tem traços que guardam "grande semelhança conosco", como unhas em vez de garras e o polegar em uma posição que permite agarrar coisas com a mão, como o homem e outros primatas. Ainda assim, segundo ele, o fóssil não parece ser um ancestral direto do homem, mas sim estaria "mais para uma tia do que uma avó".
- Quando Darwin publicou A Origem das Espécies, em 1859, ele falou muito sobre espécies transitórias e disse que, se elas nunca fossem encontradas, toda sua teoria estaria errada - disse o Jorn Hurum, que liderou a pesquisa no Museu Nacional de História da Noruega. - Por isso Darwin estaria muito feliz se estivesse vivo hoje - completou.
FONTE: UOL CIÊNCIA

MUITO OBRIGADO PELOS PRÊMIOS RECEBIDOS




MAIS UM PRÊMIO OFERECIDO PELO PROF E AMIGO BLOGUEIRO KAUÊ. OBRIGADO

MUITO OBRIGADO PELOS PRÊMIOS RECEBIDOS



MUITO OBRIGADO AO PROF.BLOGUEIRO KAUÊ QUE GENTILMENTE NOS OFERECEU ESTE PRÊMIO

sábado, 16 de maio de 2009

COMO SOMOS PEQUENOS.



ONIBUS ESPACIAL QUASE DESAPARECE DIANTE DO SOL - IMAGEM REUTERS

MAIS UMA CONTRA O RIO DE JANEIRO


ATÉ PARECE QUE LONDRES É UMA CIDADE MUITO SEGURA. SEI QUE NÃO É.SEGUNDO A PUBLICIDADE O RIO SERIA UMA CIDADE DE LADRÕES.
FONTE: O GLOBO.

O maior rio do mundo

Em julho de 2008, uma revisão das dimensões dos rios no mundo colocou o rio Amazonas como o maior rio do mundo, antes considerado o Nilo, no Egito. Antes, o Amazonas já era o maior rio em volume de água. Um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) aumentou a extensão do rio. Assim, o Amazonas mede 140 km a mais do que o rio Nilo. Ou seja, o rio latino-americano mede 6.992 km contra os 6.852 km do africano.

Como funcionam os hotspots ambientais

O termo hotspots, pontos quentes, é empregado em diversas áreas do conhecimento, por exemplo, em genética são locais nos genes nos quais mutações ocorrem com uma freqüência excepcionalmente alta, em geociências indicam locais do manto terrestre onde existe uma anomalia térmica relacionadas ao magma, que seria a polpa da Terra que vaza na crosta em forma de lava pelos vulcões, e também em informática, pontos de acesso a internet sem fio disponibilizados ao público ou WiFi. Há ainda os hotspots da biodiversidade ou ambientais, tema deste artigo.

Um dos maiores dilemas dos conservacionistas é saber quais são as áreas mais importantes para preservar a biodiversidade na Terra. Para tentar resolver esse problema o ecólogo inglês Norman Myers criou em 1988 o conceito dos hotspots, que estabeleceu 10 áreas críticas para a preservação em florestas tropicais. Entre essas áreas estão os Andes tropicais, Madagascar e a Mata Atlântica e o Cerrado (no Brasil).

Como as galinhas fazem os ovos?

Em mais uma extraordinária demonstração de proeza da natureza, o conteúdo de um ovo é envolvido em uma casca perfeita, sem emendas e incrivelmente forte como se fosse mágica! Os ovos são obras de arte.
A galinha tem pouco a ver com a formação da casca do ovo, na verdade é o ovo que desenvolve a casca em volta de si mesmo. Ele faz isso por meio de processos que também são observados nos ossos e nas conchas do mar.
Em volta do ovo há uma membrana, e nessa há pontos uniformemente espaçados onde formam-se colunas de calcita (uma forma de carbonato de cálcio). Essas colunas se arranjam lado a lado para formar a casca. De acordo com um livro muito interessante chamado "Feito para medir" de Philip Ball:
Os pontos de nucleação são nódulos de proteína definidos chamados de proeminências mamilares, e o mineral é primeiramente depositado em forma de partículas de aragonita com orientação ao acaso de cristais. Ao topo dessas pilhas de aragonita, começam a se formar colunas de calcita cristalina orientada.
A calcita fica basicamente flutuando na solução em volta da casca, e ela se deposita nessa casca como um cristal em formação. O ovo faz sua própria casca.
FONTE:HOWSTUFFWORKS – COMO TUDO FUNCIONA

O que veio primeiro, o ovo ou a galinha?


Na natureza, as coisas vivas evoluem através de mudanças no seu DNA. Em um animal como a galinha, o DNA do espermatozóide de um macho e o de um óvulo de uma fêmea se encontram e se combinam para formar um zigoto: a primeira célula de um novo pintinho. Esta célula primordial se divide incontáveis vezes para formar todas as células do animal completo. Em qualquer animal, todas as células contêm exatamente o mesmo DNA, e esse DNA vem do zigoto.
As galinhas evoluíram a partir de outros animais, através de pequenas mudanças geradas ao se misturar o DNA do macho e o da fêmea, ou por mutações no DNA que originaram o zigoto. Tais mudanças e mutações só têm efeito no momento em que um novo zigoto é criado. Ou seja, dois animais que não eram galinhas se cruzaram e o DNA desse novo zigoto continha a mutação (ou mutações) que originou a primeira galinha verdadeira. Aquela célula zigoto se dividiu e gerou a primeira galinha verdadeira.
Antes daquele primeiro zigoto de galinha verdadeira, só havia aves que não eram galinhas. A célula zigoto é o único lugar onde as mutações no DNA poderiam gerar um novo animal, e a célula zigoto fica abrigada dentro do ovo da galinha. Então, o ovo tem que ter vindo primeiro.
FONTE:HOWSTUFFWORKS – COMO TUDO FUNCIONA

quarta-feira, 13 de maio de 2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009

CUIDADO COM O SHOPTIME.COM

ANTES DE COMPRAR ON LINE CONSULTE O SITE RECLAMAQUI.COM.BR ELE APRESENTA VÁRIAS RECLAMAÇÕES DO SHOPTIME QUE AGENTE NÃO ACREDITA, É A MAIOR FURADA. EU JÁ FUI LESADO PELO SHOPTIME E POSSO PROVAR SE QUISER PEÇA QUE ENVIO O EMAIL RELATANDO TUDO QUE ME OCORREU. SHOPTIME NUNCA MAIS. PASSEM PARA OS AMIGOS É REAL.

domingo, 10 de maio de 2009

ISSO DÓI - VEJAM

AJUDE - FAÇA A SUA PARTE - CONFIRA

XIXI NO BANHO PARA ECONOMIZAR ÁGUA POTÁVEL – CONFIRA.
Parece brincadeira, mas é sério. A agência de publicidade F/Nazca Saatchi & Saatchi criou para a Fundação SOS Mata Atlântica a campanha “Xixi no Banho”, que tem por objetivo levar o público a pensar sobre a necessidade de se economizar água de uma forma mais divertida e descontraída.
A idéia é mobilizar as pessoas para a preservação do meio ambiente e mostrar que uma descarga evitada por dia, resulta na economia de 4.380 litros de água potável por ano.
- Em período de crise financeira, em que se ouve muito ‘não’ para tudo, este ano quisemos levar o ‘sim’ para o cotidiano das pessoas, incentivando que todos façam xixi no banho. O meio ambiente agradece a quantidade de água poupada em cada descarga, que chega a 12 litros. Uma descarga por dia corresponde a 4.380 litros de água por ano - ressalta Mário Mantovani, diretor da Fundação SOS Mata Atlântica

Somente em São Paulo poderia ser economizado mais de 1.500 litros de água por segundo. Uma informação importante para aqueles que têm dúvida se é uma prática higiênica: o xixi é composto 95% de água e 5% de outras substâncias como uréia e sal.

A campanha será lançada na próxima semana, mas quem quiser dar uma olhada em algumas peças da publicidade, basta entrar no site www.xixinobanho.org.br
FONTE: BLOGVERDE.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

GRIPE SUÍNA -

Tire suas dúvidas sobre a nova gripe
A gripe A (H1N1) é uma doença respiratória de porcos causada por um vírus influenza tipo A que causa regularmente crises de gripe em porcos. Ocasionalmente, o vírus vence a barreira entre espécies e afeta humanos. O vírus da gripe suína clássico foi isolado pela primeira vez num porco em 1930.
Como a gripe suína mata? Na verdade, qualquer tipo de gripe pode matar, em especial pessoas com sistema imune (de defesa do organismo) enfraquecido. A gripe suína parece ser capaz de afetar gravemente pessoas com sistema imune mais forte. No entanto, o principal risco associado à doença é uma inflamação severa dos pulmões, que pode levar à insuficiência respiratória, ou seja, incapacidade de respirar direito. Outras complicações sérias têm a ver com lesões severas nos músculos, que podem levar a problemas nos rins e no coração, e mesmo, mais raramente, meningites e outros problemas no sistema nervoso central. Em todos esses casos, pode ocorrer a morte.

Quantos vírus de gripe suína existem?
Como todos os vírus de gripe, os suínos também mudam constantemente. Os porcos podem ser infectados por vírus de gripe aviária e humana. Quando todos contaminam o mesmo porco, pode haver mistura genética e novos vírus que são uma mistura de suíno, humano e aviário podem aparecer. No momento, há quatro classes principais de vírus de gripe suína do tipo A são H1N1, H1N2, H3N2 e H3N1.

Qual é o vírus que está causando a crise atual? É uma versão nova do H1N1.
Como os seres humanos pegam gripe suína? Normalmente, esses vírus não infectam humanos. Entretanto, vez por outra, mutações no vírus permitem que eles contaminem pessoas. Na maioria das vezes, os contágios acontecem quando há contato direto de humanos com porcos. Mas também já houve casos em que, após a transmissão inicial do porco para o homem, a partir dali o vírus passou a circular de pessoa para pessoa. Nesses casos, a transmissão ocorre como a gripe tradicional, pela tosse ou pelo espirro de pessoas infectadas.

Consumir carne de porco pode causar gripe suína? Não. Ao cozinhar a carne de porco a 70 graus Celsius, os vírus da gripe são completamente destruídos, impedindo qualquer contaminação.
O que significa a palavra "pandemia" e os níveis de perigo da OMS? O termo "pandemia" se refere a uma epidemia de proporções globais, no qual há surtos de uma dada doença de forma "sustentável" (ou seja, sem interrupção da cadeia de transmissão no horizonte) em vários países e em mais de um continente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) usa uma escala de seis fases para caracterizar a transmissão dos vírus influenza (da gripe) pelo planeta.
Na fase 1, a transmissão só ocorre entre animais.
A fase 2 se caracteriza pelos primeiros relatos de transmissão do vírus de animais para seres humanos.
Pequenos grupos de casos entre humanos definem a fase 3. Nela, no entanto, a transmissão de pessoa para pessoa ainda não é eficiente no grau necessário para que a comunidade inteira onde vivem os infectados esteja em risco.
Na fase 4, a dinâmica da infecção é sustentável o suficiente para causar surtos afetando comunidades inteiras. O risco de pandemia é grande, mas não 100% certo.
A fase 5 corresponde à transmissão de pessoa para pessoa em mais de um país, indicando uma pandemia iminente.
Finalmente, na fase 6, a pandemia está caracterizada.
O que fazer para evitar o contágio? O CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA) fez algumas recomendações para evitar a doença.
- Cubra seu nariz e boca com um lenço quando tossir ou espirrar. Jogue no lixo o lenço após o uso.
- Lave suas mãos constantemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar. Produtos à base de álcool para limpar as mãos também são efetivos.
- Evite tocar seus olhos, nariz ou boca. Os germes se espalham deste modo.
- Evite contato próximo com pessoas doentes.
- Se você ficar doente, fique em casa e limite o contato com outros, para evitar infectá-los.
A gripe suína é transmitida para animais domésticos, como canarinhos, cães, papagaios e gatos? Muito provavelmente, não. É cedo para dizer que outros animais estão imunes, mas a característica desse vírus é de transmissão entre suínos -- e agora entre humanos. Normalmente, aves domésticas são contaminadas por outros tipos de vírus. Já cães se infectam por outro tipo de influenza.

Quais são os sintomas da gripe suína? Os sintomas são normalmente similares aos da gripe comum e incluem febre, letargia, falta de apetite e tosse. Algumas pessoas com gripe suína também tiveram coriza, garganta seca, náusea, vômito e diarreia.
Qual o índice de mortalidade dessa forma da doença? Ainda é cedo para ter estatísticas precisas, mas cerca de um em cada 15 a 20 casos da doença até agora diagnosticados resultou em morte -- taxa considerada alta.

Como se faz o diagnóstico de gripe suína? Para identificar uma infecção por um vírus influenza do tipo A, é preciso analisar amostras respiratórias do paciente durante os primeiros 4 ou 5 dias da doença -- quando uma pessoa infectada tem mais chance de estar espalhando o vírus. Entretanto, algumas pessoas, especialmente crianças, podem manter o vírus presente por dez dias ou mais. A identificação do vírus é então feita em teste de laboratório.
O consumo de vitamina C ou outras medidas para melhorar a resistência do organismo podem ajudar na prevenção? Provavelmente não muito, diz o biólogo Atila Iamarino, da USP, que faz doutorado sobre a evolução de vírus como o HIV. "A verdade é que não se sabe se o consumo de vitamina C realmente aumenta a resistência ao vírus. O organismo da pessoa pode estar bem preparado, mas, se as características do vírus nunca tiverem sido encontradas pelo sistema imune, existe o risco de infecção", afirma.

Como é feito o tratamento? "Existem duas linhas de medicamentos. Uma delas, a amantadina, impede a entrada do vírus nas células humanas. A outra, de medicamentos como o Tamiflu [oseltamivir], tenta barrar a saída do vírus de uma célula quando ele tenta infectar outras", explica o biólogo da USP.A má notícia, diz Iamarino, é que o H1N1 já se mostrou resistente à primeira classe de remédios. Por enquanto, o oseltamivir ainda parece ser capaz de agir contra ele.
Você pode tomar as atuais vacinas contra a gripe? Sim. A recomendação é sempre essa, pois essas vacinas ajudam a combater a gripe tradicional.
As vacinas contra a gripe têm alguma influência na proteção contra a gripe suína? De acordo com o pesquisador da USP, existe a possibilidade de essas vacinas oferecerem proteção parcial contra o vírus proveniente de porcos. No entanto, mesmo que isso aconteça, certamente a formulação delas não será a ideal. "Não sabemos, por exemplo, para que lado vai caminhar a variabilidade genética do vírus suíno. Normalmente, ao produzir uma vacina, você já leva em conta o conhecimento que tem do vírus para tentar cobrir a variação futura dele e alcançar o máximo possível de proteção", diz Iamarino.

Há vacinas específicas para a gripe suína? No momento, somente para porcos, que são mais constantemente afetados por esse tipo de vírus. Mas as autoridades já anunciaram estar trabalhando numa versão humana da vacina, que deve ficar pronta em seis meses.
O que estão fazendo com estas máscaras descartáveis que vemos nos passageiros de aeroportos? Não seria necessária uma coleta especial para evitar contaminação? O material de doentes internados em hospitais tem o descarte especial no local. Mas, no caso da maior parte dessas pessoas que estão usando máscaras, o material é para proteção. O pessoal dos voos que vêm com máscara a usam por precaução. Elas podem ser dispensadas num lixo de ambiente, num saco de lixo normal. Dos casos suspeitos, há orientação de jogar o material no hospital, devidamente acondicionado.
O que os cruzeiros marítimos estão fazendo para não terem surtos de gripe suína dentro dos navios? Normalmente, o pessoal nos cruzeiros, a tripulação e os passageiros, entram em um determinado ponto e têm um trajeto definido. Se estão saindo do Brasil e vão para a Europa, em locais onde não há gripe suína, não tem como ter a transmissão. Se vão para algum local de risco, devem evitar e cancelar o passeio. A bordo do navio, os cuidados são simples: lavagem de mãos, cuidado com pessoas com doenças respiratórias.
E os portos? O pessoal de portos, aeroporto e fronteira, há dois anos, participam de treinamentos para situações de pandemia. Na época, a preocupação era com gripe aviária. Eles receberam treinamento específico desde então.
Fontes: CDC, Datasus, OMS, Atila Iamarino (biólogo, doutorando em evolução de vírus, USP, do blog Rainha Vermelha), e Nacy Junqueira Bellei, médica infectologista, coordenadora do setor de pesquisa em vírus respiratórios da Unifesp

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O MAIOR VILÃO DO AQUECIMENTO



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